terça-feira, dezembro 22
01/12/2009 – 23:33
Sentada, reflito sobre o dia de hoje e meu corpo traz meu cansaço à tona. A noite está linda, há tantas nuvens densas no céu que a Lua parece se afogar constantemente nelas.
Silêncio. A cidade dormiu, mas as árvores acabaram de acordar. Balançam seus galhos, danças com o vento e com esse movimento assustam os que teimam a se entregar ao sono.
A Lua não resistiu às ondas vaporizadas do céu, se juntou a elas e deu uma nova cara à paisagem. As estrelas estão em reunião hoje: não apareceram. É dia dos seres da terra.
Os grânulos de poeira fazem quadrilha, as poças d’água exibem sua dança do ventre e as folhas caídas, mais preguiçosas, só agitam-se e batem palmas. As árvores pararam e, atônitas, parecem surpresas com a alegria que invadiu a noite. Elas não gostaram desses sentimentos bons e partiram para a ofensiva.
Sentada, respiro irregularmente e uma forte rajada de vento acaba de passar pelas cortinas. A noite está realmente linda e uma folha seca partida ao meio repousa em meu lençol – 00:19.
01:10, manhã do dia 20 de setembro, 2009
Meus pensamento não me deixam adormecer, Debussy me fez esse favor: a ternura de Clair de Lune me fez pensar e a alegria de Suite Bergamasque me arrancou da cama para escrever; não sei o porquê, mas tinha que eternizar este momento – talvez mostre isso a outrem no futuro, se alguém se interessar.
A noite está em plena forma hoje, pude apreciar a vista das Três Marias e do Cruzeiro do Sul da varanda, além de observar o mover rápido de uma densa nuvem solitária. No meu quarto as cortinas verde-limão balançavam lentamente com a brisa gélida que adentrava pela janela, já aqui na sala – de onde vos escrevo eu, vós tão indeterminados leitores – percebo melhor essa corrente agradável que encontra minhas têmporas vez em quando. Escrevo à meia luz porque a claridade excessiva me espanta as idéias e assim não seria nada fácil converter esse caos de brumas em letras no papel.
Todos dormem, até os objetos, à exceção de mim e do meu companheiro Sofá. A paz aqui é completa e silenciosa e não nos atrevemos a incomodar a mais ninguém: permanecemos parados e calmos.
01:40, estou com sono e vou dormir. É véspera de acampamento e não posso me delongar mais.
Posságio
o poeta dormiu
o amor falhou
a crítica não frutificou
o exército partiu
a Pomba desmaiou
o sonho desiludiu
a Justiça enxergou
a Lua sumiu
o Sol apagou
o Planeta não girou
Socorro! O mundo acabou.
Balancê
Eu talvez não seja eu
Quem sabe se me reparto com alguém?
E se esse corpo não for meu,
estou eu no corpo de outrem?
Voltei!
Gente, desculpa aí. Sei que estive muito ausente, mas entendam, essa luta de vestibular é mesmo tensa como as pessoas dizem.
Bem, para me redimir, aí seguem postagens que estavam acumuladas em papéis avulsos.
Espero que vocês gostem!
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