quarta-feira, novembro 24

A jornalista

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Hoje, estava eu a fazer redações. Treinava para a escola e apanhava com tipologias textuais. Ora, caro leitor, não é de hoje que minhas complicações lexicais me atrapalham.
Enfim, terminei meu trabalho já ao entardecer e, depois de haver preparado a janta, resolvi apresentar minhas arduosamente efetuadas obras à senhora minha mãe. Fui ao meu quarto, juntei os papéis e anunciei: “Mãe, me ouça, vou ler minhas redações de hoje.” - sim, confesso que a figura maternal não tem lá a melhor crítica, mas, acredite, você não conhece a minha.
Ela aceitou de bom grado, salvo as minhas insistências. Então começei a ler e ela, a jantar. Quando terminei olhei para ela, que me disse: “Parabéns, tem melhorado muito.”. Satisfeita, retirei-me ao meu quarto.
Passado algum tempo – eu já havia até comemorado minha conquista pessoal - , surge uma voz na sala: “É, você era péssima. Agora escreve como uma jornalista. Uma jornalista totalmente inexperiente.”, era a senhora minha mãe, em seu último comentário célebre do dia.