sábado, outubro 10

Ontem à noite


Estava inspirada. Remoí poemas velhos - alguns já escondidos de meu cérebro na poeira vital de meu ser ideal - e pensei em mais alguns. Sonhei com eles até ser arrastada para meu outro mundo: onírico, perfeito, acessível.
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Talvez nem meu mundo perfeito seja tão adequado para mim. Até ele parece se segmentar em partes que me confrontam; para cada idéia, uma negação e que caminham juntas, por mais que não queiram.
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Eu as mantenho juntas. Não posso fazê-las convergir, mas não posso descartá-las.
Decido qual das duas devo silenciar a cada batimento cardíaco. Elas são verdades, cabe a mim decidir qual quero concretizar.
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Fadada às opções por minhas metades constituintes, sou a violação do maniqueísmo.

3 comentários:

Ângelo disse...

Cara Akemi,

Eu que agradeço.

Não só pelos elogios(dos quais nem me julgo merecedor) como pela visita.
Estou acompanhando o seu blog, e a priori te digo que os seus textos são muito bons.

Nesse texto mais recente, você brinca com a idéia da constante dualidade presente em nossas vidas o tempo inteiro(inclusive na nossa suposta "vida ideal") e com o princípio maniqueísta, que vive nos perseguindo, matando a dualidade e nos dividindo entre bom/mau, certo/errado...nos privando de escolhas próprias.

Bom, não me enxergo apto a te dar conselhos e dicas. Quem pretende escrever(claro que aqui não me refiro a livros técnicos) deve ter alma, escrever o que vem de dentro, e isso você está fazendo muito bem, ao meu ver.

O que é bom, é ler MUITO, ler MUITO, ler MUITO e depois descansar lendo um bom livro.

Afinal de contas, assim como um engenheiro deve analisar plantas baixas de diversas estruturas para entender como as mesmas são concebidas, um escritor(ou quem alemeje sê-lo) deve encontrar na leitura o repertório que irá compor as suas obras futuras.

Parabéns pelo seu blog e muito obrigado pela visita.

LuanaGuimarães disse...

desculpa netão né ... nem vou comentar nada kkkkkkk :S

Castro disse...

Gostei!