terça-feira, dezembro 22

01:10, manhã do dia 20 de setembro, 2009


Meus pensamento não me deixam adormecer, Debussy me fez esse favor: a ternura de Clair de Lune me fez pensar e a alegria de Suite Bergamasque me arrancou da cama para escrever; não sei o porquê, mas tinha que eternizar este momento – talvez mostre isso a outrem no futuro, se alguém se interessar.
A noite está em plena forma hoje, pude apreciar a vista das Três Marias e do Cruzeiro do Sul da varanda, além de observar o mover rápido de uma densa nuvem solitária. No meu quarto as cortinas verde-limão balançavam lentamente com a brisa gélida que adentrava pela janela, já aqui na sala – de onde vos escrevo eu, vós tão indeterminados leitores – percebo melhor essa corrente agradável que encontra minhas têmporas vez em quando. Escrevo à meia luz porque a claridade excessiva me espanta as idéias e assim não seria nada fácil converter esse caos de brumas em letras no papel.
Todos dormem, até os objetos, à exceção de mim e do meu companheiro Sofá. A paz aqui é completa e silenciosa e não nos atrevemos a incomodar a mais ninguém: permanecemos parados e calmos.
01:40, estou com sono e vou dormir. É véspera de acampamento e não posso me delongar mais.

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