terça-feira, dezembro 22

01/12/2009 – 23:33


Sentada, reflito sobre o dia de hoje e meu corpo traz meu cansaço à tona. A noite está linda, há tantas nuvens densas no céu que a Lua parece se afogar constantemente nelas.
Silêncio. A cidade dormiu, mas as árvores acabaram de acordar. Balançam seus galhos, danças com o vento e com esse movimento assustam os que teimam a se entregar ao sono.
A Lua não resistiu às ondas vaporizadas do céu, se juntou a elas e deu uma nova cara à paisagem. As estrelas estão em reunião hoje: não apareceram. É dia dos seres da terra.
Os grânulos de poeira fazem quadrilha, as poças d’água exibem sua dança do ventre e as folhas caídas, mais preguiçosas, só agitam-se e batem palmas. As árvores pararam e, atônitas, parecem surpresas com a alegria que invadiu a noite. Elas não gostaram desses sentimentos bons e partiram para a ofensiva.
Sentada, respiro irregularmente e uma forte rajada de vento acaba de passar pelas cortinas. A noite está realmente linda e uma folha seca partida ao meio repousa em meu lençol – 00:19.

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